Som do dia

sábado, setembro 23, 2006

O Fundo do Meu Olhar


O fundo do meu olhar tem a melancolia
Do poeta que liberta os seus sentimentos
Nos versos, e seus próprios pensamentos
Fingindo na atroz dor, a sua eterna alegria.
O fundo do meu olhar guarda mil segredos
Das dores e das punhaladas sempre sofridas
Das mil chagas abertas em muitas feridas.
Mas mostra também a superação dos medos
Meu olhar tem a paz da tranquila consciência
Do sono bem-aventurado das noites calmas
Carrega ainda as marcas da covarde violência
De quem nas brumas se esconde fingindo calma
Usando outras bocas, para espalhar a virulência
Que na sua pútrida alma diariamente se espalma

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