Sentei-me na mesa de um café
e deu-me vontade de observar as pessoas.
Observar e pensar no que seria talvez
as vidas destes seres que vagueiam pelo mundo.
Umas pessoas tristes outras alegres,
uns tímidos outros extrovertidos,
enfim um mundo de caracterizações
que podemos ver e sentir.
Por vezes olho a face de uma pessoa ou outra
e penso como será o seu dia a dia,
a vida que levará, imagino se será alguém que sofre,
alguém que tenha tudo o que deseja, enfim…
Geralmente associo sempre uma vida triste a cada um,
uma vida de necessidade, de desespero…
Será que sou eu que sou muito dramática?
Não sei ao certo, mas não consigo de deixar
de imaginar a vida das pessoas,
talvez para compreender um pouco a minha própria vida.
Por vezes acho que as coisas que me acontecem
são as piores do mundo, terríveis,
falta de sorte como mais ninguém a tem,
mas não, pois no fundo existe quem esteja bem pior,
quem tenha graves problemas que não chegam
nem aos calcanhares de pequenos desaforos
e desentendimentos dos meus dias.
A galinha da minha vizinha é sempre melhor que a minha,
como diz o velho ditado, mas as coisas não são bem assim,
eu pessoalmente por momentos discordo
e acho que posso louvar o facto de poder ser como sou,
de ter o que tenho, de sentir o que sinto, de tocar o que toco…
Apesar de ser um pouco dramática
e de mais tarde não pensar assim, enfim,
alimento-me dos bons momentos
que a minha memória vai mantendo vivos
deste mundo tão diferente.
Obrigado a todos que me dão força para ir em frente.
Sem comentários:
Enviar um comentário