do tempo que passa,
há sombras tecidas
pela luz na vidraça,
que invade a janela,
desdenha a cortina
e do chão faz tela,
para, em surdina
e sem cavalete,
ouro ou purpurina,
pintar um tapete
com a luz vespertina.
Delineada a obra
de encantamento,
com a luz que sobra,
dá-lhe movimento.
Avança no chão,
alcança a parede
e só ao pôr-do-sol
é que se deteve.
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