Som do dia

sábado, novembro 04, 2006

Calo-me


Teus olhos perdem-se na distância
Tua ausência esfumaça-se
dentro de mim.
Tudo ainda é tao vivo.
Sonhos...por que não nos proibem vivê-los?
Envolvem, desenham-se em nossa solidão.
Preenchem, acarinham, sustentam...
Penso em ti nesta manhã...
Assim como em minhas tardes
e minhas noites frias.
Teu vulto desenha-se em meu pensamento.
O amor me toma, me domina.
E uma lágrima nao cai de meu rosto.
Fica dentro de mim engasgada.
Engulo-a como uma bebida amarga.
E a ausência do choro...
Torna este sentir mais dolorido.
Tua voz ecoa na minha lembrança
com um eco amargo de saudade.
Não posso mais dar um passo...
Não há mais coerência no que falo.
Assim, tropeço nessa tua resistência...
E me calo.

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