Palavras como um sol que me queimava
Olhos loucos de um vento que soprava
Em olhos que eram meus, e mais felizes.
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Palavras que disseste e que diziam
Palavras que disseste e que diziam
Segredos que eram lentas madrugadas
Promessas imperfeitas, murmuradas
Enquanto os nossos beijos permitiam.
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Palavras que dizias, sem sentido
Palavras que dizias, sem sentido
Sem as quereres, mas só porque eram elas
Que traziam a calma das estrelas
À noite que assomava ao meu ouvido...
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Palavras que não dizes, nem são tuas
Palavras que não dizes, nem são tuas
Que morreram, que em ti já não existem
Que são minhas, só minhas pois persistem
Na memória que arrasto pelas ruas.
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