Som do dia

terça-feira, novembro 11, 2008

À Sombra do Poente

À sombra do poente jaz novamente o entardecer
Negro manto deitado em pensamentos infecundos
Abarcando-me a alma, somente o vazio profundo
Estilhaços das vidraças abertas do anoitecer.
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Sob o pálido véu, deslizam apenas palavras desditas
Pungente amor em funestas pétalas sem nenhum teor
Resquícios deixados, fazem de meu corpo guarida
Outrora teu leito, ora versão de um templo de dor.
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Devorando-me a alma o silêncio que reina
Na penumbra calada arrasta-me a pena
Em máculas, a lua apenas uma mancha cinzenta.
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Desce a noite, recôndita amargura que me atormenta
À escuridão nocturna, apenas mais um triste verso
Do teu adeus dissimulado em mim, o verbo imerso.

1 comentário:

...EU VOU GRITAR PRA TODO MUNDO OUVIR... disse...

Lindo e triste,mas qual é o belo poema que não é triste?Muito lindo seu blog,beijos,Sonia Regina.