o vento tudo leva ao seu abrigo.
Saio à rua para fumar.
Saio à rua para fumar.
Não me alivia em nada a dor,
mas adormece-me a agitação
e saceia-me o desejo do momento...
O Inverno está frio,
O Inverno está frio,
mais que o seu habitual costume
e obriga-me a vestir
um casaco insuportavelmente pesado.
Quero sentir-me como a ventania
Quero sentir-me como a ventania
que paira na noite...
O fumo do cigarro largado,
como pegadas na neblina, é denso.
Sigo em frente à tua procura.
Já te sonhei, vezes sem conta!
Porque teimas em esvanecer-te
Sigo em frente à tua procura.
Já te sonhei, vezes sem conta!
Porque teimas em esvanecer-te
por entre bafos agonizados de vaidade?
Sei que existes, sinto-te,
mas teimas em esconder-te!
Um dia, quem sabe, encontrar-te-ei aqui
Um dia, quem sabe, encontrar-te-ei aqui
largado ao abandono pelo teu orgulho.
Enquanto isso, sirvo-me do meu vício,
que confortavelmente
me vai aliviando a ansiedade,
de te encontrar, e corroendo-me o corpo
resignado à tua ausência.
Cada bafo vai desaparecendo
Cada bafo vai desaparecendo
travado pelo sufoco do inatingível.
Expiro o último travo, ao dissabor da ausência,
que me esmorece a esperança de te encontrar
neblina adentro.
neblina adentro.
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