e observava a mulher que entrava,
água dentro vestida e sorridente.
É louca ... pensava.
Depois mergulhava nos seus escritos
É louca ... pensava.
Depois mergulhava nos seus escritos
e na sucessão de dias iguais e monótonos
sentindo o tempo escoar-se a conta gotas.
Num momento em que o tédio
se tornou insuportável e a insatisfação
o invadiu uma vez mais...
o invadiu uma vez mais...
Caminhou até ao areal, olhou a imensidão azul e,
quase instintivamente entrou no mar
quase instintivamente entrou no mar
sem tirar roupas e sapatos.
O choque da água gelada acordou-o.
Descobriu então que jamais esqueceria aquele banho,
diferente dos outros todos,
diferente dos outros todos,
em que não respeitara as convenções
mas que o acordara.
mas que o acordara.
Por magia percebeu que até aí
se limitara a passar pela vida
e a fazer o correto, o certo...
e a fazer o correto, o certo...
O que os outros esperavam dele.
E, serenamente, decidiu começar a viver
a sentir intensamente as coisas pequenas.
Mergulharia nas águas revoltas uma e outra vez.
E, quando lhe chamassem louco saberia sorrir,
como só os loucos felizes o sabem fazer...
Mergulharia nas águas revoltas uma e outra vez.
E, quando lhe chamassem louco saberia sorrir,
como só os loucos felizes o sabem fazer...
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