Comover para desconvocar a angústia
e aligeirar o medo, que é sempre experimentado
nos povos como uma infusão de laboratório,
cada vez mais sofisticada.
Eu penso que o escritor com maior sucesso
(não de livraria, mas de indignação social profunda)
é aquele que protege os homens do medo:
por audácia, delírio, fantasia, piedade ou desfiguração.
Mas porque a poética precisão dum acto humano
não corresponde totalmente à sua evidência.
Ama-se a palavra, usa-se a escrita,
despertam-se as coisas do silêncio em que foram criadas.
Depois de tudo, escrever é um pouco corrigir a fortuna,
que é cega, com um júbilo da Natureza, que é precavida.
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