Não olhes os meus retratos
Julgando saber-me assim.
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Se queres saber quem sou
Não busques nas minhas respostas
Quando perguntas onde vou.
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Se queres saber quem é
Esta que te sorri
Não olhes para a mulher.
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Que não me saberás pelo sorriso
Não me conhecerás pelas respostas
Meus retratos são imprecisos
A cada dia traço novas rotas.
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Se queres porventura, um dia
Entender deste coração
Olha meus olhos primeiro:
É neles que mora a poesia
Que me explica dia após dia
E me mostra por inteiro.
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Se queres saber-me de facto
Recomendo-te menos cuidado
Muito carinho, pouca fala
Mais riso e tato, muito tato.
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