Som do dia

sábado, fevereiro 16, 2008

Estátua de Pedra

E agora fico assim, perdida com o plural
De todo o medo e insegurança que me afecta
E todos esses espinhos aqui presentes
Vazando de mim lágrimas de incerteza
Águas que escorrem e me molham o corpo
Sufoco na minha própria angústia
Pois falta sob meus pés o chão de papel de arroz
Que é a tua presença
Ensina-me a ser perfeita
Impede-me de cometer tantos erros
Quero ser estátua de pedra
E não ter este teimoso coração a bater e bater
Ser pedra e não temer o frio e os relâmpagos
Da noite de tempestade
Ser pedra fria e não sentir saudade
Desconhecer a solidão
Não reparar que não estás
E que para ti não sou nada
Além de uma estátua de pedra
Sob o clarão da lua.

1 comentário:

Marcos Carvalho Campos disse...

Suas poesias são maravilhosas.
São de uma pessoa extremamente sensível, mas as vezes, como todos nós, um pouco tristes. Ainda assim muito profundas e belas. Certamente, é preciso conhecer nossas tristezas a fundo para podermos ser alegres ao extremo quando a superarmos.
Abraços
Marcos Carvalho Campos
Curitiba, Brasil