Chove
uma chuva
inesperada
que a
manhã
não
pediu mas agradece.
Chove
na
rua, já de si molhada
duma vida
que é chuva e não parece.
Chove,
miúda
e
constante,
uma paz
que há-de ser.
Uma
gota invisível e distante
na janela,
a escorrer.
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