A vida vai passando entre as mãos.
Entre os
dedos vai escorrendo feito água.
Sem consistência.
Sem cheiro.
Se desmanchando.
Fecho os
olhos.
Uma tristeza apertando.
Apertando muito
o coração.
Os olhos vão se abrindo.
Gotas se
transformam em rios.
As coisas vão clareando.
Do rio vejo nascendo a esperança.
E assim rapidamente vejo o mar.
E a imensidão do mar me faz esquecer
Do início disso
tudo.
A vida não escorre.
Não escapa.
Está aqui consistente
nas minhas mãos.
E o que resta a fazer?
VIVER !
VIVER !
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