Não digas “rugas” aos desenhos do meu rosto,
Pois são veredas percorridas por meu ser;
Sulcos profundos – falam de dor e desgosto...
Linhas suaves – relembrando um bem querer.
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Traçados firmes, demarcando cada agosto,
Esboços leves, projeção do que fazer;
Rugas são pregas num tecido velho e fosco...
Nada traduzem das histórias de um viver.
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Meu mapa conta do lutar que foi constante,
Meu mapa conta do lutar que foi constante,
De uma ventura – sempre efémera e distante,
Do sofrimento consumindo o meu sonhar.
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Mas, nas estradas que percorrem minha face,
A fé profunda – que supera todo o impasse
E me contempla com sereno caminhar.
2 comentários:
"Não digas “rugas” aos desenhos do meu rosto.."
Diz dor e desilusão.
Diz noite e madrugada.
Diz tristeza e diz luta.
Diz Mãe e diz Amiga.
Diz canto e sorriso.
E num Caminho de fé,
Diz Vida..!!
Muito bonito Anabela.
E a imagem também...
Beijinhos grandes.
Bom dia para si, por aqui chove e não há Sol...:-(
Há-de vir..:-))
Dulce
Belíssimo poema!
Rugas? Que palavra é esta?Sõa os caminhos que percorremos na vida!
Meu beijo e meu respeito por seus caminhos!!
Sonia Regina.
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